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Consumo consciente: 5 hábitos que os portugueses podem adoptar para gastar menos?

Descubra 5 hábitos simples de consumo consciente que os portugueses podem adotar para gastar menos e criar uma margem financeira.

(Imagem: divulgação/reprodução do Google Imagens)

No contexto económico actual em Portugal, onde custos fixos, impostos e preços de bens alimentares ou serviços continuam a pressionar o orçamento familiar, praticar o consumo consciente torna-se uma estratégia inteligente não só para reduzir despesas, mas também para criar uma reserva para imprevistos.

O conceito de consumo consciente ou responsável implica questionar os nossos padrões de gasto, planear com critério e adoptar hábitos que promovem tanto a poupança como a sustentabilidade.

A seguir, veja cinco hábitos que os portugueses podem adoptar com impacto directo no bolso e na tranquilidade financeira.

1. Fazer um orçamento e definir prioridades

Antes de mais, é fundamental ter consciência de quanto entra e sai ao fim do mês: quais os rendimentos familiares, os gastos fixos, como:

arrendamento ou prestação da casa;

  • água;
  • luz;
  • internet;
  • transportes).

Gastos variáveis:

  • alimentação;
  • lazer;
  • imprevistos.

Depois de ter estes valores, pode definir prioridades: por exemplo, estabelecer que X % vai para poupança ou “fundo de imprevistos” e apenas o restante será utilizado para gastos correntes ou supérfluos.

Esse simples acto de planear ajuda a evitar gastar tudo o que entra e ficar sem margem para emergências.

Este hábito de planeamento antecede comportamentos de consumo mais conscientes, empresas portuguesas e bancos recomendam que perguntar “realmente preciso disto?” antes de comprar ajuda a evitar despesas desnecessárias.

2. Evitar compras por impulso e adiar gastos supérfluos

Muitos gastos desnecessários resultam de compras por impulso, aquela “oportunidade” que surge, o desconto “imperdível”, ou apenas a vontade momentânea.

Mas cada compra impulsiva compromete parte da margem de manobra e da possibilidade de poupar.

O hábito: esperar 24 ou 48 horas antes de efectuar um gasto que não estava planeado, e questionar se ele se encaixa nas suas prioridades ou orçamento.

No contexto português, as entidades de consumo recomendam resistir a compras que não satisfazem uma necessidade clara ou imediato valor.

3. Comprar de forma inteligente: planear, comparar e priorizar qualidade

Consumir com consciência implica também adoptar hábitos de compra mais criteriosos. Em Portugal é aconselhável:

  • Fazer lista de compras no supermercado, para evitar compras desnecessárias ou duplicadas;
  • Comparar preços antes de comprar, procurar promoções reais, marcas alternativas ou genéricos onde fizer sentido;
  • Priorizar produtos de boa qualidade e duráveis, em vez de optar sempre pelo mais barato, que muitas vezes obriga a nova compra mais cedo e acaba por custar mais a médio prazo;
  • Preferir alimentos de produção nacional ou local, de modo a reduzir transporte, favorecer economia local e, nalguns casos, obter melhor preço ou frescura;
  • Adotar este tipo de hábitos permite economizar no longo prazo e evita que o orçamento seja consumido por substituições frequentes ou desperdício.

4. Reduzir custos fixos e usar os recursos com eficiência

Para ganhar margem para imprevistos, não basta olhar só para os gastos variáveis, os custos fixos têm grande peso e margem de optimização. Algumas boas práticas:

  • Verificar se os contratos de serviços (internet, telemóvel, seguros) podem ser renegociados ou alterados por melhores condições;
  • Em casa, adotar medidas de economia de energia e água: usar lâmpadas LED, desligar aparelhos em standby, isolar bem as janelas, usar equipamentos eficientes;
  • Reduzir o desperdício alimentar, planear refeições e comprar apenas o essencial, menos comida estragada significa menos dinheiro perdido.

5. Criar e alimentar um “fundo de reserva” para imprevistos

O verdadeiro objectivo de todos os hábitos anteriores é conseguir criar uma reserva financeira, uma margem que permita enfrentar surpresas sem recorrer a crédito ou ficar em dificuldades.

Em Portugal, mesmo pequenas contribuições regulares podem fazer a diferença.

Estratégia sugerida: estipular um valor fixo ou uma percentagem do rendimento mensal para este fundo (por exemplo 5 % ou 10 %), tratá-lo como despesa prioritária e guardá-lo logo no início do mês.

Com um fundo de reserva, consegue lidar com: uma avaria no carro, uma visita médica inesperada, ou mesmo aproveitar uma oportunidade que apareça e que requeira pagamento imediato.

Conclusão

Adotar um estilo de consumo mais consciente em Portugal significa mais do que simplesmente “gastar menos”, trata-se de gastar melhor, com planeamento, critérios e propósito.

Fazendo um orçamento, evitando compras por impulso, comprando com inteligência, reduzindo custos fixos e alimentando um fundo de reserva, os portugueses podem não só reduzir a pressão sobre o orçamento mensal.

Estes cinco hábitos ajudam-nos a construir uma “margem de manobra” financeira real, que é o que separa quem vive mês a mês de quem vive com um pouco mais de liberdade e segurança.

Juliana Raquel
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Juliana Raquel